A educação no Brasil mudou intensamente nos últimos anos. O acesso ao ensino básico é quase universal, o ensino secundário tem vindo a expandir-se muito rapidamente, e também o ensino superior, nos níveis de graduação e pós-graduação. No entanto, existem problemas graves relacionados com a qualidade, equidade e utilização inadequada dos recursos. Alguns desses problemas estão relacionados ao fato de que o Brasil começou a desenvolver suas instituições educacionais muito tarde, e não construiu fortes profissões de ensino e acadêmicas que poderiam fornecer o apoio necessário para as Políticas de educação comprometidas com a equidade, qualidade e eficiência. Após uma visão histórica, o documento apresenta algumas das principais inovações políticas dos últimos anos, e alguns dos pontos da agenda política do novo governo brasileiro.
Foram registradas mais matrículas em São Gonçalo e outras regiões do rio de janeiro, por exemplo, coisa que não acontecia desde a década de 1980. Entretanto, ainda é difícil para muitos realizar a matrícula escolar.
Ensino primário e secundário
A escola é gratuita e obrigatória para os alunos dos níveis primário (7-14 anos) e secundário (15-17 anos), mas aproximadamente três quintos dos brasileiros têm apenas quatro anos de escolaridade ou menos. Aproximadamente nove décimos das crianças entre os 7 e os 14 anos estão matriculados na escola (em contraste com 1960, quando apenas metade das crianças desse grupo etário frequentavam a escola). As escolas primárias do Nordeste, Norte e Centro-Oeste são menores e mais dispersas e são dirigidas por professores menos qualificados do que os do Sul e Sudeste. Além disso, as escolas do Norte e do Oeste tendem a ser financiadas a partir de escassos orçamentos municipais, enquanto as escolas do Sul são predominantemente apoiadas pelo Estado. Vários estados aumentaram acentuadamente os gastos com educação em meados da década de 1990, notadamente Minas Gerais e São Paulo, e em geral um número crescente de estudantes primários no Brasil tem continuado para o nível secundário. (Dados do Ministério da Educação)
Graduação e ensino superior
A frequência das universidades aumentou dramaticamente no século XXI no Brasil, mas permaneceu limitada em comparação com a da maioria dos países desenvolvidos. Embora o número esteja crescendo, apenas uma pequena parte dos brasileiros com idades entre 18-24 anos frequentou universidades. Tradicionalmente, o ensino superior tinha sido em grande parte prerrogativa dos ricos e dos membros mais ambiciosos da classe média, com lugares nas prestigiadas universidades públicas livres do país limitado a apenas os mais bem sucedidos. À medida que a demanda por lugares aumentava, entretanto, o papel das instituições privadas cresceu, e na segunda década do século XXI, cerca de três quartos dos estudantes universitários no Brasil frequentavam instituições privadas de ensino superior, embora em muitos casos o custo de sua educação fosse um grande desafio para esses estudantes. A partir da década de 1990, as escolas começaram a oferecer um maior número de cursos de fim de semana e extensão para atender às necessidades da classe trabalhadora que aspira a subir e das camadas mais baixas da classe média, e o número de estudantes matriculados no ensino à distância também aumentou significativamente.
Por uma grande margem, a maioria das instituições de ensino superior estão localizadas no sul e sudeste; no entanto, o Distrito Federal e cada um dos estados tem pelo menos uma universidade. A Universidade de São Paulo é a maior e mais importante Universidade Estadual. A maior universidade privada é a Universidade Paulista, também localizada em São Paulo.
Bem-estar e saúde nas rede pública de ensino
O fosso social entre a pequena classe alta privilegiada do Brasil e as massas no fundo da escala de ganhos é vasto. Entre eles está uma classe média substancial e diversificada. Devido à inflação, os salários são expressos em múltiplos do salário mínimo oficial. Quase dois terços da população ativa auferem dois salários mínimos ou menos. Cerca de metade da força de trabalho do Nordeste ganha menos do que o mínimo; em contraste, quase quatro quintos dos trabalhadores do Sul e Sudeste ganham mais de cinco salários mínimos.
Muitos dos problemas de saúde do Brasil resultam de desnutrição generalizada e doenças endêmicas, como malária, febre amarela, dengue, disenteria amebica, tuberculose, esquistossomíase e a doença de Chagas, que é transmitida pela Mordida de um inseto que infesta as paredes das casas de abasos. A maioria dessas doenças são comuns em áreas baixas, mas raras em altitudes mais elevadas e nas zonas climáticas subtropicais. A Fundação Oswaldo Cruz, localizada no Rio de Janeiro, é o maior Instituto de pesquisa de doenças tropicais do Brasil.
Embora a maioria das doenças tropicais endêmicas tenham sido erradicadas nas principais cidades, os migrantes de áreas infectadas reintroduziram algumas doenças até o sul de São Paulo. Condições sanitárias e habitacionais pobres agravam os riscos para a saúde, particularmente entre os milhões de moradores de favelas do Brasil, ou afavelados, que estão concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades. Nessas áreas, novos sistemas de água potável e esgotos reduziram grandemente a propagação da doença. Programas governamentais e clínicas privadas têm sido estabelecidos em muitas favelas para melhorar as condições de saúde, particularmente cuidados de saúde pré-natal e infantil.